segunda-feira, 27 de julho de 2009

Qando Deus se Cala


Já enfrentei muitas lutas, nem pense em passar pelo que já passei. Ufa!
Hoje eu olho para trás e digo:
- Graças a Deus, o vendaval passou!
Mas, de todas as lutas pelas quais já passei, a maior, a mais intrigante, a mais
dolorosa, é exatamente aquela que é o tema deste capítulo: quando Deus se cala!
O silêncio de Deus nos apavora! Mete medo. Faz desesperar.
- Por que Deus fica quieto quando mais chamamos por Ele?
Já ouviu alguém fazer esta pergunta? Claro que sim. Você consegue se lembrar
de quando fez esta pergunta?
Sentir-se abandonado traz um calafrio na alma, provoca insegurança. O que
dizer da mãe aflita, orando, jejuando, clamando pelo filho desviado… e nenhuma
resposta vinda do céu?
O que dizer do profeta que matou 850 profetas, que disse: segundo minha
palavra, não chove mais… Agora, dentro de uma caverna, esperando um “carinho de
Deus”, um “mimo de Deus”, esperando o Deus dos Milagres no barulho do trovão… e,
de repente… nada, silêncio. Psiuuuuuuu! Vem o vento que derruba, o furacão… E, de
repente… nada, silêncio. PSiuuuu! Aí vem o inusitado, o inesperado… uma brisa…
simples… quase não balança os cabelos ondulados, caídos sobre os olhos… não move
nem poeira… mas, lá na brisa… vem a resposta…
O que dizer de Jesus… na cruz… Seus nervos se contraindo, Seus olhos cobertos
pelo sangue que descia pelas pontas dos espinhos na fronte, o tétano correndo-Lhe as
veias, a falta de ar devida ao peso do corpo pendurado no madeiro?
Um momento de devaneio, e Ele chama… por Quem mesmo? Por João? Não.
Pelos anjos? Não. Pela mãe? Não. Ele chama pelo Pai. AquEle que junto com Ele
transformavam- se em UM.
Aonde está o Pai? Porventura subiu nas asas de um querubim e voou nas asas do
vento, como fez em favor de Davi? Não. Veio pela brisa da caverna? Não.
O que aconteceu mesmo? Ah, Ele virou as costas, não foi? Sim, quem sabe virou
as costas e tapou os ouvidos. Porque não amava Jesus? Não amava Seu Filho? Não
tinha poder de libertá-Lo?
Sabemos que Ele amava Jesus, e que também tinha poder para livrá-Lo. Porque
não o fez?
Deus não ousou olhar para Jesus naquela hora, pois, se olhasse, Ele destruiria a
Terra, destruiria os homens, arrancaria Seu filho da cruz.
E o resultado? Não seríamos salvos, estaríamos eternamente condenados. Deus
calou-Se para que o sangue de Cristo falasse mais alto. E agora este sangue ecoa por
toda a eternidade…
Deus Se cala, e não responde, para não tirar a nossa bênção. Faz parte do
projeto do Senhor, faz parte do sonho. Ele fica em silêncio para que nós falemos,
oremos, clamemos. Enquanto isso, Ele está olhando, cuidando, guardando, mesmo um
jota e um til. E, no momento certo, Ele vai gritar, vai bradar, o Seu alarido vai soar. No
momento dEle. Está na agenda divina: dia tal EU vou falar com Meu filho(a), antes
disso, se EU lhe falar, ele vai perder a bênção.
Aguarde! Em breve a sua vitória chegará completa, e o que hoje é miséria, será
transformado em abundância.

terça-feira, 21 de julho de 2009

" A chuva dos Olhos "


A chuva dos olhos

“Chove.
Na fonte das águas, chove.
Na gota da lagrima está a dor secreta.
caindo a chuva nos olhos cansados.
chovendo no rosto, as lagrimas da alegria, da dor, da felicidade”

(Jeferson Queiroz, Agosto 2004)

Há quanto tempo você não chora?

Há quanto tempo seus olhos não são inundados por lágrimas, por estas pequenas gotas que parecem nascer em nosso coração? Há quanto tempo?

Assim como o fenômeno natural da precipitação atmosférica, a chuva, realiza o trabalho de purificar a terra, a água e o ar, também nossas lágrimas têm tal função.

A de limpar nosso íntimo, a de externar nossas emoções, sejam elas de alegria ou de pesar.

Precisamos aprender a expressar nossos sentimentos.

Nossa cultura possui conceitos arraigados, como o de que “homem não chora”, ou que “é feio chorar”, que surgem em nossas vidas desde quando crianças, na educação familiar, e acabam por internalizarem- se em nossa alma, continuando a apresentar manifestações na vida adulta.

Sejamos homens ou mulheres na Terra, saibamos que todos rumamos para a busca da sensibilidade, do autodescobrimento, e da expressão de nossos sentimentos.

Tudo que deixarmos guardado virá à tona, cedo ou tarde.

Se forem bons os sentimentos contidos, estaremos perdendo uma oportunidade valiosa de trazê-los ao mundo, melhorando nossas relações com o próximo e conosco mesmo.

Se forem sentimentos desequilibrados, estaremos perdendo a chance de encará-los, de analisá-los, e de tomar providências para que possam ser erradicados de nosso interior.

As barreiras que nos impedem de nos emocionar, de chorar, são muitas vezes as mesmas que nos fazem pessoas fechadas e retraídas.

Barreiras que carecemos romper, para que nossos dias possam ser mais leves, mais limpos, como a atmosfera que recebe a água da chuva, e nela encontra sua purificação.

As chuvas dos olhos fazem um bem muito grande.

Desabafar, colocar para fora o que angustia nosso íntimo, ou o que lhe dá alegria, é um exercício precioso. Um hábito salutar.

Dizer a alguém o quanto o amamos, quando este sentimento surgir em nosso coração – mesmo sem um motivo especial -, será sempre uma forma de fortalecimento de laços.

De construção de uma união mais feliz, e principalmente, um recurso para elevarmos nossa auto-estima, nosso auto-amor.

* * *

Deus nos concedeu a chuva para regar os campos, para tornar mais puro o ar.

Também nos presenteou com as lágrimas, para que as nossas paisagens íntimas pudessem ser regadas, e para que os ares do Espírito encontrassem a pureza.

Palavra pastoral:Pra Damares e Bya...


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